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2012 - Livro Vermelho 2013

Trichomanes lucens Sw. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 08-05-2012

Criterio:

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie amplamente distribuída e presente em unidades de conservação (SNUC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Trichomanes lucens Sw.;

Família: Hymenophyllaceae

Sinônimos:

  • > Trichomanes kaulfussii ;
  • > Trichomanes auratum ;

Mapa de ocorrência

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Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Distribuição

A espécie ocorre nos Estados Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro (Windisch, 2012), Minas Gerais e Paraná (CNCFlora, 2011).Na região neotropical a espécie ocorre em altitude entre 1.100 m e 3.800 m. No Brasil, é encontrada entre 700 m e 1.000 m (Windisch, 1992)

Ecologia

A espécie é epífita ou terrestre, ocorre em vegetação florestal e arbustiva úmidas, tais como formações montanhosas de altitude (Windisch, 1992).

Ameaças

1.7 Fire
Detalhes O Parque Estadual do Pico Paraná teve um incêndio em outubro de 2007. Este incêndio atingiu o Pico Caratuva e mesmo após dois anos a floresta ainda mostra consequências da queimada e sinais de baixa capacidade de regeneração (Scheer, 2010).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Abrigando componentes arbóreos de elevado valor comercial, como a Araucaria angustifolia (pinheiro) e Ocotea porosa (imbuia), a Floresta Ombrófila Mista do Sul do Brasil foi alvo de intenso processo de exploração predatório. Atualmente os remanescentes florestais não perfazem mais do que 1% da área original (Medeiros et al., 2005).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A cobertura vegetal do Estado do Espirito Santo, antes praticamente toda recoberta pela Mata Atlântica, tem uma história de devastação cujos registros remontam aos do início de sua colonização. A destruição e degradação do habitat é, sem dúvida, a maior causa de perda de biodiversidade no Estado. Subsequentes ciclos econômicos, como o da exploração da madeira, da agricultura cafeeira, dos "reflorestamentos" homogêneos (Pinus e Eucaliptus), a incidência de espécies exóticas invasoras e sobre-exploração de plantas ornamentais são algumas principais ameaças incidentes sobre a flora do Estado (Simonelli; Fraga, 2007).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A Mata Atlântica de altitude, vem sofrendo um intenso processo de destruição devido ao corte de madeira, cultivo de peixes e pela ocupação humana desordenada, apenas 1%-6% desta área original (1,2 milhões Km²) persistem até hoje em mosaicos de fragmentos isolados (Leitão Filho, 1993; Costa; Lima, 2005).

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: "Deficiente de dados" (DD) na lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008) e "Vulnerável" (VU) na lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Parque Estadual do Pico Paraná, PR; Estação Ecológica Itapeva, SP; e Parque Nacional do Itatiaia, MG (CNCFlora, 2011).

Referências

- SCHEER, M. B. Ambientes altomontanos no Paraná: Florística vascular, estrutura arbórea, relações pedológicas e datação por C14. Tese de doutorado. Curitiba, PR: Universidade Federal do Paraná, 2010.

- MEDEIROS, J. D.; SAVI, M.; BRITO, B. F. A. Seleção de áreas para criação de Unidades de Conservação na floresta ombrófila mista. Biotemas, v. 18, n. 2, p. 33-50, 2005.

- WINDISCH, P. G. Trichomanes crispum L. (Pteridophyta, Hymenophyllaceae and allied species. Bradea, v. 6, n. 12, p. 78-117, 1992.

- LEITÃO-FILHO, H. F. Ecologia da Mata Atlântica em Cubatão. Tese de doutorado. Campinas, SP: , 1993.

- COSTA, D. P.; LIMA, F. M. Moss diversity in the tropical rainforests of Rio de Janeiro, southeastern Brazil. Revista Brasileira de Botânica, v. 28, n. 4, p. 671-685, 2005.

- CONDACK, J. P. S. Pteridófitas ocorrentes na região alto montana do Parque Nacional do Itatiaia: análise florística e estrutural. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro, RJ: Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2006.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

- WINDISCH, P. G. Hymenophyllaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB091174>.

- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E. Hymenophyllaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Plantas da floresta atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.516, 2009.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C. N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: IPEMA, 2007. 144 p.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

Como citar

CNCFlora. Trichomanes lucens in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Trichomanes lucens>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 08/05/2012 - 15:25:59